Hoje em dia a primeira coisa que se repara quando se conhece alguém é se essa pessoa é ou não gorda. Porquê?!
A pior coisa que poço ouvir é "és bonita para uma pessoa 'como tu'", a sério, uma pessoa como eu?!
Eu não me importava quando alguém me chamava de gorda, ou quando me viam e a primeira coisa que me diziam era "a tua irmã é mais magra que tu" (como dizer que eu sou mais gorda que ela), mesmo, porque nem essas pessoas, nem ninguém, podia nem pode, chamar-me de estupida porque eu não sou estupida, ou má pessoa porque eu não sou má pessoa, por isso, que me chamassem de gorda até se cansarem, que me insultassem até se cansarem porque isso não ia mudar que eu era ou que eu sou!
O problema é que isso mudou, não o que as pessoas dizem ou pensam, mas sim o facto de eu não me importar. Agora, infelizmente, eu importo-me com o que pensam ou dizem de mim, e dou demasiada importância a isso.
"Estás tão mais magra", não, isto para mim não é um elogio, de todo, porque quando alguém me diz isto, eu sei que a primeira coisa em que ela reparou foi se eu estava ou não mais magra e isso é tão estupido. Meu Deus.
Eu cansei de ouvir tudo o que dizem de mim, simplesmente casei. Por causa de todos estes comentários desnecessário eu deixei de comer durante dias, eu fazia para vomitar o que comida, quão demente...
Não sou tão 'forte' quanto aparento, não sou tão 'pouco influenciável' como aparento ser, e a prova disso são as quantas cicatrizes. A pior coisa que fiz até hoje.
Felizmente, aprendi que o que os outros pensam não importa. Não muda nada. Não define quem sou.
Por isso, se alguém fizer pouco de ti, se alguém te insultar... wtv, apenas ignora, porque a tua aparência não define quem és, o teu corpo, a tua maneira de pensar, a maneira de te vestires (...) não define quem és.
Ontem vi, outra vez, o filme "A Culpa É Das Estrelas" e voltei a chorar como uma louca. Desta vez, não sei bem porquê, prestei demasiada atenção à parte em que Augustus Waters diz que tem medo do esquecimento e fiquei a pensar (demasiado) no assunto .
Acho que todos temos medo do esquecimento, medo de não ter uma vida ou uma morte significativa. Afinal, como é que será olhar para trás e ver que todo o esforço que fizemos foi em vão? Para que servirão todas as conquistas, todos os sonhos concretizados ou deixados para trás... porque no fim, quando tudo acabar, todos nós acabamos no mesmo sitio, e isso não tem solução. Todos queremos ser especiais, tal como todos queremos ser, um dia, a única pessoa na vida de alguém, mas de uma maneira ou outra acabamos por ser especiais, e recordados por alguém (muito clichê?).
"Se não vivemos uma vida a serviço de um bem maior, precisamos de pelo menos de morrer uma morte a serviço de um bem maior."
A verdade é que tudo isto, tudo o que vivemos, é uma mentir até se provar honesto.
Porquê contrição? Bem, há uns dias apercebi-me de que tinha perdido um amigo, melhor amigo para ser sincera.
Eu, pessoalmente, nunca fui muito de criar ou manter amizades. Sou sociável, pelo menos eu considero-me, apesar de um pouco envergonhada mas também sou 'bruta' para certas pessoas quando, simplesmente, não tenho paciência para falar, com quem quer que seja, e só me apercebo do que digo ou do que faço, depois de o fazer.
Durante dois anos eu tive um melhor amigo, eu contava-lhe tudo e tinha plena confiança nele mas quando ele era super simpático comigo, eu era antipática com ele. Arrependo-me muito disso. Nos últimos meses de aulas (do ano lectivo 2013/2014) ele 'aproximou-se' de uma rapariga, que eu nunca vi sem ser em fotos, e eu quando percebi que iria perder uma das pouquíssimas pessoas em quem sei que podia confiar, tentei mudar. Tentei ser mais simpática, mais querida... mas sou eu, e não dá para mudar. No verão, deste ano, deixei de ir ao facebook, e não sei porquê, há umas semanas atrás voltei lá e a primeira coisa que me apareceu foi uma foto dele com uma tal de Carolina. A descrição: "Amo-te melhor amiga".
E pronto, já era. Agora sinto que já não lhe posso contar tudo, pode parecer estúpido mas não, não para mim. Basicamente, ao fim de 14 anos e poucos meses, aprendi a dar valor a alguém antes de perder.
Por isso sim, 'contrito' é como posso descrever o meu estado de espírito neste momento.
Não sei bem como hei de começar a escrever no blog, acho que é a primeira vez que exponho o que sinto na internet, e as vezes acabo por pensar que é meio estúpido estar a 'desabafar' com o computador (?).
Sou nova, bem, não muito nova... e a única coisa que me pergunto é o porquê de muitas pessoas me tratarem como inferior. Julgam-me, criticam o que faço e até a maneira como penso e isso simplesmente cansa. Cansa pensar que não sou boa o suficiente, que não sou simpática ou divertida, mas verdade seja dita , eu tenho um feitio extremamente complicado, e acredito plenamente que o problema possa ser mesmo eu, mas cansa na mesma, e ninguém merece, seja esse alguém quem for.